24.5.07

Alforria




Vestiu-se de tudo aquilo que alimentara durante anos.
De adorno a mais, somente o brilho dos olhos, inevitavelmente cintilantes - reflexo diverso daqueles outros, d’outros tempos d’água.
Suspirou fortemente, como que para romper com a censura daquele silêncio há tanto tempo proclamado.
Admirou-se, mais uma vez, de tudo o que via.
Mais ainda do que sentia.
Reconhecia-se, finalmente, ela – e só.
E aquela, a liberdade por tanto tempo apenas sonhada, agora, tomava-lhe em explosões.
Invadia-lhe.
Profundamente.
Percorria-lhe as veias rompendo histórias,
Inaugurando horizontes,
Redescobrindo naquele, outros suspiros.
Julgava-se, enfim, inocente de suas horas
Restaurava em si a desconhecida que, agora,
Não mais estava disposta em deixar, no tempo, se perder.



(Elora Rafaela)





Post Scriptum:
Sonhe.Sempre





4 comentários:

Anônimo disse...

Este texto é seu?!

Brilhante, maravilhoso, bem escrito e com ótimo entendimento.

Beijos =*********

Anônimo disse...

Este texto é seu?!

Brilhante, belo...sensibilidade até a ultima letra.

Beijos =***

Moacy Cirne disse...

Oi, como disse Hel, um texto bem escrito, capaz de suscitar, em qualquer um de nós, o prazer da leitura. Um beijo. Ah, sim, se não o disse antes, faço-o agora: obrigado por ter "lincado" (argh!) o Balaio.

Anônimo disse...

Elora,



belíssimo poema!


abraços, flores, estrelas..