CÍCLICA
Os dias que para outros se passam, nunca os percebi.
São outros os tempos que me traçam, aos quais então sobrevivi.
Repetem-se aos meus olhos, dejá vu , posso argüir...
Assustam. Predeterminam. Viciam o intuir.
Nascendo como quem se deixa vir,
Que se permite, num só momento, de todo pleno existir...
E em segundos já está por desistir
Ocultando no caos, anseios, à espera do porvir...
Nas linhas, na vida, em ciclos me descobri,
Nos perenes, os sonhos, pus-me a avir,
Assim, feita eu em fagulhas a espargir...
Sou cor quando a luz em dia, deixo refletir.
Sou noite, esmaecimento, resultado do puir.
Sou sensação, rendição, liberdade ao sentir.
(Elora Rafaela)
Post Scriptum:
Sonhe.Sempre
crédito: imagem por Josephine Wall
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